Tu e eu temos tropeçado na vida. Fizemos o melhor que podíamos, mas tropeçamos e caímos. A distância entre onde estamos e onde queremos chegar parece intransponível. Para onde iremos?

Eu sugiro que olhemos para uma das promessas mais preciosas de Deus: “O nosso Sumo Sacerdote [Jesus] não é alguém que não possa se compadecer de nossas fraquezas. Ao contrário, Ele foi tentado de todas as maneiras, assim como nós também somos tentados, mas nunca pecou. Por isso devemos nos aproximar com confiança do trono do nosso Pai que é cheio de amor, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça para nos ajudar na hora em que precisarmos.” Hebreus 4.15–16 VFL.

Quando tropeçamos não somos abandonados. A ideia surpreendente é simplesmente esta: Deus, por um tempo, virou um de nós. Deus se tornou humano na forma de Jesus Cristo. Jesus, portanto é pura divindade, “porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade.” Colossenses 2.9. Não é de se admirar que ninguém discutiu quando ele declarou: “Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra.” Mateus 28.18.

Jesus tem autoridade sobre tudo; e Ele a possui para sempre! Mas, apesar dessa posição tão elevada, Jesus esteve disposto a soltar os privilégios da divindade e participar da humanidade; e contudo, nem a humanidade de Jesus nem sua divindade foram comprometidas na Encarnação.

Jesus é tão humano, que Ele pode nos tocar; e tão poderoso, que ele pode curar-nos; tão celestial, que Ele fala com toda autoridade; mas tão humano, que Ele pôde passar despercebido por trinta anos. Jesus é Deus e por isso mudou a história e voltou-se inesquecível por dois mil anos.

Te sentes oprimido pela aflição? Jesus também o esteve (João 11.35). Estás perturbado em teu espírito? Ele também o esteve (João 12.27). Estás tão ansioso que poderias morrer? Ele também o esteve (Mateus 26.38). Jesus passou por tudo isso e muito mais porque Ele é humano, e é por isso que Ele te entende; mas Ele é também Deus, e é por isso que pode te socorrer.

Não há ninguém como Jesus!

Crianças têm uma tendência de dizer “Olhe para mim!” Na bicicleta: “Olha-me a correr!” No trampolim: “Vê-me a pular!” No balanço: “Olha para mim a voar!” Este tipo de comportamento é aceitável em crianças.

No entanto, muitos adultos passam seus anos a dizer a mesma coisa: “Olhe para mim dirigindo este carro novo!” “Olhe para mim ganhando dinheiro!” “Olhe para mim a vestir roupa provocante, ou a usar palavras sofisticadas, ou a conseguir admiradores na rede social. Olhe para mim!”

Será que não está na hora de amadurecer? Fomos criados para viver uma vida que diga: “Olha para Deus!” Ele nos fez para que as pessoas olharem para nós e ver não a nós, mas a imagem dele, o nosso Criador. Este é o plano de Deus; que sejamos “…transformados com glória cada vez maior, a qual vem do Senhor, que é o Espírito.” 2ª Coríntios 3.18.

Irmão, amigo: amadureçamos até refletir a Jesus.

“Vai… e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez e como teve misericórdia de ti.” Marcos 5.19.

A Segunda Guerra tinha terminado. A paz tinha sido declarada. Mas o jovem Hiroo Onoda, tenente do Exército Imperial Japonês isolado numa ilha das Filipinas, não o sabia. Foram feitas tentativas de encontrá-lo e lançado panfletos sobre o local onde ele poderia estar, dizendo-lhe que a guerra tinha acabado. Mas Onoda, cuja última ordem recebida em 1945 foi ficar e resistir, rejeitou essas tentativas e folhetos como trapaças ou propaganda do inimigo. Ele não se rendeu até março de 1974 — quase 30 anos após o fim da guerra, quando seu ex-comandante viajou do Japão para as Filipinas, anulou sua ordem original e dispensou oficialmente Onoda do dever. Finalmente, o soldado acreditou que a guerra tinha acabado.

Quanto às boas-novas sobre Jesus Cristo, muitos ainda não ouviram falar ou não creem que Ele “…destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho.” 2ª Timóteo 1.10. E alguns que ouviram e creram, ainda vivem como derrotados, tentando sobreviver sozinhos na selva da vida.

Alguém precisa contar-lhes a gloriosa notícia da vitória de Cristo sobre o pecado e a morte. Inicialmente, eles poderão reagir com ceticismo ou dúvida, mas não desanimes. Imagina a liberdade que encontrarão quando Cristo iluminar sua mente com o conhecimento de que a batalha foi vencida.

Contarás tu as boas-novas a alguém hoje? Ora assim: Senhor, ajuda-me a manter um coração aberto para ouvir os outros e compartilhar-lhes sobre o que tu fizeste —e ainda fazes.

Uma das minhas frases de sabedoria favoritas é: “Os bons amigos são um dos maiores tesouros da vida.” Como é verdade! Com bons amigos, nunca estamos sozinhos. Eles estão atentos às nossas necessidades e de bom grado compartilham as nossas alegrias e pesares da vida.

Antes de Jesus vir ao mundo, apenas duas pessoas foram chamadas amigas de Deus. O Senhor falou com Moisés “…como qualquer fala a seu amigo…” Êxodo 33.11; e Abraão “…foi chamado amigo de Deus” Tiago 2.23; 2º Crônicas 20.7; Isaías 41.8.

Surpreende que Jesus chama aqueles que lhe pertencem, de amigos: “…tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer.” João 15.15. E Sua amizade é tão profunda que Ele deu a Sua vida por nós, como João diz também: “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos.” (15.13).

Que privilégio e bênção ter Jesus como nosso amigo! É um amigo que nunca nos deixará ou abandonará. Ele supre todas as nossas necessidades. Ele perdoa os nossos pecados. Ele compreende as nossas tristezas, e nos dá graça suficiente em tempos de angústia.

Ele é realmente o nosso melhor amigo, para sempre!

É tentador pensar na fé como uma fórmula mágica: “Se tu acumular o suficiente, ficarás rico(a), saudável e terás uma vida feliz com respostas automáticas para todas as tuas orações.” Mas a vida não funciona assim. Como prova, o autor de Hebreus apresenta no capítulo 11 um lembrete comovente do que constitui a verdadeira fé, repassando a vida de alguns gigantes da fé do Antigo Testamento.

“Sem fé”, o autor diz sem rodeios, “é impossível agradar a Deus” V. 6. Ao descrever a fé, ele usa a palavra perseverança (V. 27). Como resultado desta fé, alguns heróis triunfaram: Eles puseram em fuga exércitos, escaparam da espada, sobreviveram a leões. Mas outros tiveram finais menos felizes: Foram açoitados, apedrejados, serrados ao meio...

O capítulo conclui: “…todos estes que obtiveram bom testemunho por sua fé não obtiveram, contudo, a concretização da promessa.” V. 39. A imagem da fé que surge não se encaixa em uma fórmula fácil. Às vezes, esta fe leva à vitória e ao triunfo; às vezes, exige uma determinação corajosa para “aguantar a qualquer custo.” De tais pessoas “…Deus não se envergonha […], de ser chamado o seu Deus, porquanto lhes preparou uma cidade.” V. 16.

Irmão, amigo(a), o fundamento da nossa fé está sobre a convicção de que Deus tem o controle final e decerto manterá Suas promessas —quer aconteça no presente ou no porvir.

Portanto, que Deus te enche de fé hoje!

Quando fazemos um teste na escola, o professor fica sempre em silêncio.

Os testes que enfrentamos na vida por vezes parecem sem fim, pelos longos silêncios de Deus. A longa busca por um emprego, uma temporada inteira de solidão, ou uma longa batalha contra uma doença, torna-se ainda mais difícil pelo fato de tu querer saber se isso em algum momento terá fim.

O rei David clamou: “Até quando, Senhor, ficarás a olhar? Livra minha alma das violências deles; dos leões...” Salmos 35.17. É provável que, neste este verso, David estivesse a falar do longo período quando ele foi perseguido por Saul e caluniado pelos conselheiros do rei —provações que duraram anos.

Mas, no final, o salmista cantou: “…Glorificado seja o Senhor, que se compraz na prosperidade do seu servo!” V. 27. Seu teste levou-o a uma confiança mais profunda em Deus, uma confiança que tu também podes experimentar em tuas longas temporadas de provações, dificuldades ou perdas.

Amigo, irmão, confia em Deus, porque Ele está contigo.